sábado, 26 de julho de 2014

190 anos da imigração alemã

No dia do colono o estado comemora também os 190 anos da imigração alemã, que deu contribuição fundamental para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil


A colonização alemã no Rio Grande do Sul foi motivada pela necessidade de povoar o sul do Brasil, garantindo a posse do território, ameaçada pelos vizinhos castelhanos. Além disso outro objetivo da busca de alemães era recrutar soldados mercenários para reforçar o exército do Brasil recém independente.
Os soldados que o governo imperial brasileiro necessitava ficavam no Rio de Janeiro e eram distribuídos de acordo com a suas características físicas nos Batalhões de Estrangeiros do exército (2.º e 3º Batalhões de Granadeiros e 27.º e 28.º Batalhões de Caçadores). Os colonos e suas famílias eram enviados para Porto Alegre, onde o governo provincial dava-lhes o destino final: a colônia alemã de São Leopoldo, fundada no local onde se localizava a antiga “Real Feitoria do Linho Cânhamo”.
A data 25 de julho é até hoje comemorada como a data magna da Imigração Alemã no Brasil. O dia denomina, inclusive, inúmeras associações culturais voltadas às tradições germânicas. Mas a verdade é que os primeiros 39 colonos chegaram ao local, o Porto das Telhas, hoje Praça do Imigrante, em São Leopoldo (RS), pelo menos dois dias antes. Eles haviam deixado a capital do império no bergantimProtector no final de junho e chegado a Porto Alegre no dia 18 de julho.
Foram recebidos pelo presidente da província José Fernandes Pinheiro (1774-1847), depois Visconde de São Leopoldo, que, após alguns dias, os encaminhou para a futura colônia. Em carta assinada em 23 de julho de 1824, o presidente informa o Rio de Janeiro que os primeiros colonos já haviam deixado Porto Alegre naquela data com destino a Feitoria. Antes, haviam sido acomodados e assistidos com “carne, farinha, algum legume e tempero de toucinho e sal”.
Por mais que houvesse ocorrido algum atraso devido ao tempo ou ao transporte, é muito provável então que os primeiros colonos tenham chegado a São Leopoldo antes do dia 25, data consagrada por lei estadual de 1924 – ano do centenário. Em 2005 o Congresso Nacional instituiu o dia 25 de julho como o dia Dia Nacional da Etnia Teuto-Brasileira.
Fundação das colônias de Três Forquilhas e de S. Pedro de Alcântara (1826)
A ideia inicial de fundar também uma colônia no litoral, mas precisamente no Presídio das Torres, foi do presidente da província José F. Fernandes Pinheiro. Pinheiro, o futuro visconde de São Leopoldo, já havia organizado a fundação da colônia de São Leopoldo e a colônia de São João das Missões, esta última que redundaria num fracasso completo. Como foi nomeado para ministro da Secretaria de Estado dos Negócios do Império, em novembro de 1825, ele não pode concluir sua obra cabendo aos seus sucessores na presidência da província os Brigadeiros José Egídio Gordilho de Barbuda e Salvador José Maciel o andamento do projeto

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