Adulteração no leite vendido no RS motivou criação de fitas
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da empresa Macofren Tecnologias Químicas, do Distrito Federal, criaram um teste que permite ao consumidor descobrir se o leite contém formol. A fita Zero-F consiste em um papel que, quando entra em contato com a amostra, gera uma cor que indica a presença ou não do produto químico. Na presença de formol, a fita branca muda para a cor violeta.
De acordo com o diretor Arilson Onésio, a empresa busca agora distribuidores e revendedores em cada região do País. As tratativas estão mais avançadas em São Paulo, Goiás e Distrito Federal. A caixa com 20 fite, que permite fazer a mesma quantidade de testes, custa atualmente entre R$ 30 e R$ 40.
Desde o começo do mês passado é possível adquirir as fitas pelo site da empresa e os interessados precisam também pagar pelo transporte da mercadoria. Onésio acredita que as empresas que revendem o leite serão as grandes interessadas em adquirir o material. Mas alerta: o teste indica a presença de formol, porém não tem valor jurídico como prova caso o consumidor se sinta lesado. Se o usuário precisar de um laudo, a amostra deve ser coletada e enviada para um laboratório.
A ideia surgiu depois que casos de adulteração do leite começaram a aparecer no Rio Grande do Sul. Como a empresa já havia desenvolvido um teste para encontrar mistura na gasolina revendida a um posto de combustível de São Paulo, foi questão de tempo para fazer a adaptação ao formol e ao leite.
As fitas no leite já foram enviadas como amostras grátis para avaliação do produto, como no caso de uma moça gestante que havia sido proibida pelo médico de fazer alisamento no cabelo em Brasília, um senhor de São Paulo que desconfiava que peixeiros usavam formol para conservar os peixes por mais tempo e uma mãe que estava preocupada com o leite de seus bebês.
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