sábado, 3 de maio de 2014
Festival de Balonismo deixa céu colorido em Torres
No segundo dia de competições do 26º Festival Internacional de Balonismo, 32 balonistas rasgaram o céu de Torres e proporcionaram aos visitantes um show de cores no céu desbotado do Litoral Norte, nesta sexta-feira. No raiar do sol os competidores já estavam apostos com seus balões. A expectativa a cada amanhecer é que o vento não esteja tão forte. Se as condições climáticas não estiverem favoráveis, as provas são canceladas e os balões permanecem no gramado do Parque Municipal de Exposições Odilo Webber Rodrigues (Parque do Balonismo) à espera do voo seguro.
Pela manhã, apenas uma das provas previstas foi realizada: a Fly In. Os competidores se distanciaram dois quilômetros do Parque e retornaram ao gramado em um voo baixo. O objetivo era acertar o alvo, marcado por um X, posto no centro do terreno. Quem mais se aproximou do alvo acumulou pontos, que serão somados no domingo, quando o vencedor será conhecido.
Prova cancelada pela manhã
A segunda prova foi cancelada devido à instabilidade e força do vento, que quase arrastou os balonistas durante o pouso e, inclusive, levou alguns para fora do Parque. Os que saem da área são desclassificados da prova. Durante a tarde, foi realizada a segunda prova, chamada de Caça à Raposa. Um balão decolou antes dos competidores e fez um percurso aleatório de voo. Cerca de três minutos depois, os outros balões decolaram e procuraram seguir o mesmo percurso, em busca do balão raposa. O objetivo é conseguir chegar mais próximo do ponto onde o balão raposa aterrissou.
O balonista profissional de São Caetano do Sul, em São Paulo, Aquilino Gimenes, teve sorte. Seu balão multicor desceu próximo do alvo. Mas Gimenes, que voa há 22 anos, disse estar tranquilo em relação à competição. “Vim para me divertir. Brincar com o vento é minha grande paixão”, afirmou. Com o seu parelho de GPS, altímetro e variômetro, é possível desbravar o céu sem medo.
“Tento encontrar ventos favoráveis”, contou Gimenes. Ele explicou ainda que a escolha para a decolagem é fundamental e que “tudo começa no chão”, assim como surgiu o amor pelo esporte. “Quando sai do chão com o balão pela primeira vez, percebi que era isso que eu queria para minha vida inteira”, confidenciou.
O amor ao balonismo e o clima de Torres também foram alguns dos motivos que trouxeram o balonista profissional Cristhian Herfert para o município. Argentino, de Buenos Aires, ele se rendeu as paisagens do Litoral Gaúcho. “Voar em Torres já é uma tradição”, confessou. Segundo Herfert os ventos da Argentina não são favoráveis ao esporte. “Aqui é melhor para voar, além das paisagens maravilhosas que eu encontro quando estou lá em cima”, confessou.
Torres é a única cidade da América do Sul que realiza festival de balonismo há 25 anos consecutivos. Para a manhã deste sábado está prevista a prova da chave, quando os competidores tentam alcançar uma chave, pendurada em um mastro ou inflável. Vence o primeiro balão que conseguir se aproximar do mastro, em voo, e alcançar a chave. Outras provas também serão realizadas à tarde, mas só se o vento deixar.
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